"Holofote" transforma uma audição aparentemente simples num pesadelo claustrofóbico sobre ambição, medo e poder. Camilla Ciardi retrata a pressão artística como um jogo cruel de olhares e silêncios, em que a hierarquia se transforma numa ameaça invisível. Joana Coelho oferece uma interpretação intensa e vulnerável, capturando a fragilidade de quem precisa de se expor para existir. Com um cenário único, quase surreal, e uma encenação rigorosa, o filme reflete o terror íntimo de querer ser vista. Um retrato inquietante de como o desejo de brilhar pode facilmente consumir quem vive à sombra do holofote.