Uma casa demasiado barata, uma cidade com um segredo antigo e três pessoas marcadas pelo luto. "Forest Road nº 825" parte de um cliché conhecido — o clássico "nunca se muda para uma casa assombrada" — mas a forma como Stephen Cognetti o retrata é tudo menos previsível. Dividido em quatro capítulos, o filme segue três perspetivas diferentes da mesma assombração, revelando aos poucos uma verdade enterrada em mapas antigos, suicídios inexplicáveis e fantasmas teimosos que se recusam a desaparecer. Mais próximo do terror atmosférico do que do espetáculo visual, Cognetti (criador da série "Casa do Terror, Lda.") aposta em sombras inquietantes, vultos ao fundo do plano e momentos quase impercetíveis que explodem em tensão pura. A assombração da misteriosa Helen Foster é tratada como uma lenda urbana com vida própria, e o filme recusa respostas fáceis, deixando o mistério crescer como bolor em madeira húmida. Com uma realização que respeita o ritmo do medo, "Forest Road nº 825" é uma das melhores histórias de casas assombradas dos últimos anos: um pesadelo silencioso e arrepiante.