“O Segredo do Lago Mungo” é obrigatório - um dos mais brilhantes exemplos de terror psicológico em formato de falso documentário. Ao retratar o luto de uma família após uma tragédia inexplicável, Joel Anderson constrói, com enorme subtileza, uma teia de mistérios e segredos ocultos, misturando realidade e sobrenatural de forma inquietante. A atmosfera é densa, melancólica e progressivamente arrepiante, e cada revelação, em vez de acalmar, aprofunda ainda mais o desconforto. O filme não recorre a atalhos fáceis, confiando na inteligência do espetador, e oferece pequenas pistas que só se revelam por completo muito depois dos créditos finais. O resultado é uma experiência quase hipnótica em que a tristeza e o medo se entrelaçam até aos ossos.