Com "Thirst - Este é o meu Sangue", Park Chan-wook transforma o mito do vampiro num drama erótico e moralmente ambíguo. Um padre voluntaria-se para um ensaio clínico que resulta numa infeção vampírica, levando-o a confrontar os seus desejos reprimidos, a sua fé e a sua culpa. A partir daqui, inicia-se uma espiral de transgressão, desejo carnal e dilemas existenciais. Visualmente exuberante e emocionalmente turbulento, "Thirst - Este é o meu Sangue" é um filme que bebe do grotesco e do sublime com igual intensidade. Não há heróis, apenas humanos condenados a enfrentar as consequências dos seus desejos. Uma obra tão bela quanto trágica, que é absolutamente Park Chan-wook.